Devido à pressão por se tornar mais estratégica, a área de recursos
humanos andou deixando de lado algumas questões básicas de seu trabalho e
que são importantes para o bom andamento de uma empresa, como redução
de custos, melhora no desempenho, saúde e segurança dos funcionários,
dentre outros. Essa é uma das conclusões de um estudo feito pela
consultoria LHH/DBM, que ouviu 473 executivos da área para saber quais
são os valores desses profissionais.
Na pesquisa, os RHs
mostraram que mantêm como valores pessoais conceitos como
comprometimento, ética, aprendizagem contínua e atitude positiva. E ao
comparar seus valores com os da cultura corporativa, eles veem com maus
olhos questões básicas para os negócios, como redução de custo e foco no
curto prazo— vistas como burocráticas. Ao imaginar como seria a cultura
corporativa ideal, eles deixam de fora o básico do básico, como a
orientação para resultados e a relação com clientes.
"Valor é
aquilo que é importante para nós, e tomamos nossas decisões baseados
nisso", disse Cláudio Garcia, presidente da LHH/DBM à revista VOCÊ RH (edição20). "E, quando o RH tira da lista de valores coisas básicas, ele mostra que, numa tomada de decisão, deixará isso de lado".
"Isso
pode passar para o colaborador e para o acionista a imagem de que a
melhoria nos processos, a saúde financeira, salários e benefícios não
serão levados em conta no momento da decisão", comentou Carla Virmond de
Mello, diretora da LHH/DBM na região sul, em evento promovido pela
Associação Brasileira de Recursos Humanos - Seccional do Paraná
(ABRH-PR).
Ouvir as necessidades dos funcionários - e estimular
os líderes a fazerem o mesmo - também é uma das tarefas básicas e
essenciais do RH e que precisa voltar para a agenda dos executivos. De
acordo com a pesquisa, os valores pessoais dos entrevistados não
contemplam questões de relacionamento - que pode ser definido como
reconhecimento do funcionário, solução de conflitos, comunicação,
satisfação do cliente e amizade.
O ideal seria que os RHs
atuassem buscando um equilíbrio, isto é, voltando ao básico, sem no
entanto correr o risco de voltar a ser um departamento pessoal.
Fonte Voce RH
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