terça-feira, 5 de junho de 2012

RH, volte ao básico

Devido à pressão por se tornar mais estratégica, a área de recursos humanos andou deixando de lado algumas questões básicas de seu trabalho e que são importantes para o bom andamento de uma empresa, como redução de custos, melhora no desempenho, saúde e segurança dos funcionários, dentre outros. Essa é uma das conclusões de um estudo feito pela consultoria LHH/DBM, que ouviu 473 executivos da área para saber quais são os valores desses profissionais.

Na pesquisa, os RHs mostraram que mantêm como valores pessoais conceitos como comprometimento, ética, aprendizagem contínua e atitude positiva. E ao comparar seus valores com os da cultura corporativa, eles veem com maus olhos questões básicas para os negócios, como redução de custo e foco no curto prazo— vistas como burocráticas. Ao imaginar como seria a cultura corporativa ideal, eles deixam de fora o básico do básico, como a orientação para resultados e a relação com clientes.

"Valor é aquilo que é importante para nós, e tomamos nossas decisões baseados nisso", disse Cláudio Garcia, presidente da LHH/DBM à revista VOCÊ RH (edição20). "E, quando o RH tira da lista de valores coisas básicas, ele mostra que, numa tomada de decisão, deixará isso de lado".

"Isso pode passar para o colaborador e para o acionista a imagem de que a melhoria nos processos, a saúde financeira, salários e benefícios não serão levados em conta no momento da decisão", comentou Carla Virmond de Mello, diretora da LHH/DBM na região sul, em evento promovido pela Associação Brasileira de Recursos Humanos - Seccional do Paraná (ABRH-PR).

Ouvir as necessidades dos funcionários - e estimular os líderes a fazerem o mesmo - também é uma das tarefas básicas e essenciais do RH e que precisa voltar para a agenda dos executivos. De acordo com a pesquisa, os valores pessoais dos entrevistados não contemplam questões de relacionamento - que pode ser definido como reconhecimento do funcionário, solução de conflitos, comunicação, satisfação do cliente e amizade.

O ideal seria que os RHs atuassem buscando um equilíbrio, isto é, voltando ao básico, sem no entanto correr o risco de voltar a ser um departamento pessoal.

Fonte Voce RH

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