quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Crescem os níveis de ocupação e instrução das mulheres



Censo mostra que elas ganharam mais espaço no mercado de trabalho

A taxa de escolaridade das mulheres brasileiras está mais elevada que a dos homens, e elas ganharam mais espaço no mercado de trabalho.
Dados do último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que a força de trabalho feminina cresceu 24% em uma década, pois no ano 2000, 35,4% das mulheres tinham uma ocupação, número que saltou para 43,9% em 2010. Já entre os homens, a taxa de ocupação cresceu pouco nesse período – de 61,1% para 63,3% .
O Censo também mostra que o nível de instrução das mulheres ficou mais elevado que o dos homens. Na população masculina de 25 anos de idade ou mais, o percentual de indivíduos sem instrução ou com o fundamental incompleto foi de 50,8%, e o daqueles com pelo menos o superior de graduação completo chegou a 9,9%. Na população feminina, esses indicadores chegaram a 47,8% e 12,5%, respectivamente.
O nível de instrução das mulheres de 18 a 24 anos também superou o dos homens. O percentual de mulheres que não frequentavam escola entre 2000 a 2010 foi de 54,6% (18 ou 19 anos) e de 73,2% (20 a 24 anos). Entre os homens, tais indicadores chegaram a 55,4% e 76,5%, respectivamente.
O contingente feminino com pelo menos o curso superior de graduação completo foi inferior ao do masculino somente nas faixas a partir dos 60 anos de idade. E a taxa de abandono escolar precoce também foi maior na população masculina -- 41,1% entre os homens e 32% entre as mulheres.

Fonte: Você RH

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Brasileiro é um dos que mais demora para retomar ritmo após as férias

   Voltar aos padrões normais de trabalho depois de um período de descanso parece ser um dilema para boa parte dos profissionais do Brasil. Em uma sondagem feita pela consultoria Robert Half, 29% dos diretores de RH entrevistados dizem que os funcionários levam três ou quatro dias para retomar o ritmo após as férias. Dentre todos os 15 países e grandes centros pesquisados, o Brasil é que o aparece com maior índice nesta faixa de tempo.
   Outros 11% dos executivos do país contam que seus colaboradores só recuperam o fôlego em uma semana. Na média mundial, 18% dos entrevistados dizem que os profissionais demoram entre três e quatro dias para retornar ao ritmo normal e 7% até uma semana.
   Confira abaixo um quadro que compara o desempenho brasileiro com o da média global quando o assunto é recuperar o ritmo de trabalho após as férias:

Comparativo: recuperação pós férias dos trabalhadores
Comparativo: recuperação pós férias dos trabalhadores / Você RH

  A pesquisa também avaliou como a carga de trabalho é gerenciada pelos líderes quando alguns membros da equipe saem de férias. A principal maneira de administrar a demanda é delegando tarefas para outros funcionários, de acordo com 72% dos diretores de RH brasileiros e 66% na média mundial. A segunda opção mais escolhida é a que os gerentes assumem as responsabilidades (34%).
   Ainda de acordo com 28% dos entrevistados brasileiros, alguns prazos são perdidos quando os colaboradores se ausentam, enquanto na média mundial 20% enfrentam essa situação. Um em cada cinco diretores de RH do Brasil dizem que os projetos são colocados em espera nestas situações.

Fonte: Você RH

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Capacitação profissional, um desafio para toda a sociedade

   Muito se tem falado sobre a dificuldade de encontrar profissionais capacitados para o mercado de trabalho. Leio matérias jornalísticas em que profissionais de recursos humanos dizem que estão diminuindo seus pré- requisitos para conseguir recrutar profissionais para as organizações, já que não conseguem preencher as vagas.
  Primeiramente, é importante compreender por que estamos passando por esse processo no Brasil, e várias razões nos levaram a esse cenário. A primeira, e inegável, é a baixa qualidade da educação brasileira. Se ampliamos o número de estudantes nas escolas nos últimos anos, não o fizemos de forma sustentável e com qualidade. O ensino superior, por exemplo, deve apresentar um crescimento de 11% em número de alunos em 2012, em relação ao ano passado, chegando a 6,1 milhões de estudantes no país, segundo estudo do Semesp, sindicato que reúne grupos privados de ensino superior do Estado de São Paulo. O levantamento mostra ainda uma forte evolução no número de matrículas entre 2000 e 2010, período em que o crescimento acumulado atingiu 103%.
   Além da qualidade do ensino nos mais diversos níveis, um segundo ponto a se considerar é o impacto causado pelas novas tecnologias da informação e comunicação no mundo do trabalho. Veja o exemplo de minha área de atuação, a logística e o marketing promocional. A atividade, que envolve o controle de diversos processos (recrutamento de mão de obra, treinamento, gestão de estoque, reposição de produto no ponto de venda, promoção para efetivação de vendas), está cada vez mais contando com o suporte de ferramentas tecnológicas que exigem habilidades operacionais.
   Nesse contexto, hoje, a tecnologia tem caráter obrigatório para o sucesso da atividade promocional e de tantas outras. São utilizados softwares para gestão de equipes, controle do fluxo de reposição de produtos, meios informatizados de precificação de itens nas gôndolas etc. Há, cada vez mais, novos e específicos softwares para o bom desenvolvimento das tarefas (alguns criados pelas próprias empresas) a fim de atender necessidades particulares dos clientes dos mais distintos segmentos.
   Assim sendo, é de se esperar que haja uma dificuldade maior de inserir e capacitar os profissionais para ocuparem as vagas nas organizações. Integrar a iniciativa privada com as necessidades de nossa sociedade contemporânea no campo do trabalho é imprescindível. A capacitação é também papel das empresas.
   Nesse sentido, desenvolvemos o Projeto Capacitar, que já acontece há quatro anos e que treina, gratuitamente, 300 profissionais por ano para atuarem em atividades promocionais. Entendemos que, assim, melhoramos a qualidade da mão de obra que opera em nosso segmento e ampliamos o reconhecimento por parte de nossos clientes, parceiros, e dos próprios consumidores, no que concerne à seriedade e importância da atividade promocional. Para que haja um bom desempenho da indústria e do varejo, é fundamental que exista qualificação do funcionário que atua no marketing promocional.
   Dos 300 profissionais que formamos no ano passado, muitos foram aproveitados em nossa própria operação. Alguns são recrutados de imediato para ações pontuais, outros passam a integrar equipes de atendimento contínuo de indústrias clientes, ou, ainda, tem seus currículos registrados em nossos bancos de dados para aproveitamento em oportunidades futuras, o que realmente acontece. Geramos, anualmente, um total x oportunidades de emprego no Brasil.
   É importante lembrar que, ao fazermos parte de um segmento, temos compromisso com toda a cadeia que ele agrega, e mais, com toda a comunidade, com a sociedade em que está inserida. Ao investir em treinamento, melhora-se o desempenho do setor, decrescem os prazos produtivos, aumentam as motivações individuais, diminuem os acidentes trabalhistas e transtornos diversos. Isso vale para o marketing promocional, para a construção civil, para o segmento industrial, enfim, para qualquer campo de atividade.    A qualificação da mão de obra é um dos grandes problemas que o Brasil terá que enfrentar para continuar crescendo. Nós estamos atentos e buscando colaborar para transpor esse gargalo.

Fonte: Você RH