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Entrevista de Seleção por Competências com Maria Odete Rabaglio na Tv Gazeta!!! |
Seleção por Competências - com Maria Odete Rabaglio. Exibido na TV Gazeta no Programa TV Emprego TV Emprego – TV Emprego Entrevista recebe, no Palácio do Emprego em São Paulo, Maria Odete Rabaglio, autora do livro “Seleção por Competências”, psicóloga e consultora em treinamento. Contaram-me que o seu livro já esgotou nas livrarias. É verdade? Maria Odete – É. O livro “Seleção por Competências” está na sexta edição, O “Avaliação por Competências” já está na segunda edição e esse de jogos foi lançamento desse ano. Nós lançamos a primeira edição no CONARH. TV Emprego – Falando um pouquinho primeiro desse livro. Qual o objetivo dele? Maria Odete – É fornecer uma ferramenta para selecionadores. Uma ferramenta para conhecer perfil comportamental de candidatos. Hoje nós sabemos que perfil técnico é um valor do passado. Não podemos nos basear apenas no perfil técnico. E a Seleção por Competências oferece duas ferramentas para identificar comportamentos que são pré-requisito de sucesso para as atribuições do cargo. Uma é a entrevista comportamental e a outra é o jogo com foco em competências. Como o livro de Seleção por Competências focou principalmente a entrevista comportamental, tem uma pequena quantidade de jogos, então eu lancei este livro onde cada jogo já tem quais são as competências observáveis, como utilizar o jogo e, principalmente, que competências, quais comportamentos podem ser observados com a aplicação do jogo. TV Emprego – Dá um exemplo para nós de um jogo e o que ele pretende absorver do candidato? Maria Odete – Por exemplo, nós fizemos aqui agora o joguinho do “Um, dois, três”, que é um jogo lúdico. Sempre que se usa jogos em seleção é muito importante que o primeiro seja um jogo lúdico, que utilize movimento corporal. Porque é um jogo de extravasão, de aquecimento. Nós sabemos que um candidato vem ansioso, preocupado. E ainda existe um preconceito muito grande contra o jogo na seleção, que chamam de dinâmica. A dinâmica reprova! Qual o psicólogo não recebeu um pedido de ajuda nesse sentido: Me chamaram para a dinâmica! O que eu faço, como eu devo me comportar? A dinâmica reprova... Então as pessoas vão com uma preocupação muito maior. Por isso é importante que o primeiro jogo seja um jogo lúdico, que tenha movimentação corporal, que dê ao candidato a oportunidade de extravasar tensões, emoções, ansiedades. E durante a execução do jogo, você observa comportamentos específicos. TV Emprego – Maria Odete, reparando os departamentos de recursos humanos das empresas brasileiras, e não só das pequenas e médias, das grandes corporações, nos percebemos que elas ainda não sabem o que é seleção por competências. E esse desafio agora, cai sobre o departamento de recrutamento e seleção. Como se pode mudar esta realidade? Maria Odete – Na verdade é um bom início. A seleção é um subsistema e acaba, em muitas, na maioria das empresas, sendo o primeiro a ser atendido. Apenas o primeiro. Até algum tempo atrás tinha um descaso das empresas e do mercado em relação à área de seleção. Era onde se menos investia. Ninguém investia em seleção! A Gestão por Competências trouxe um compromisso maior, uma responsabilidade maior com a seleção. Então, quando se implanta a seleção, primeiro: um selecionador não pode aprender a fazer seleção por competências, chegar na empresa e ficar fazendo um trabalho de formiguinha, sem que ninguém saiba! Ele tem que montar um projeto, vender este projeto para a sua gerência, para a alta direção, para os profissionais influentes que são os seus aliados. Fazer com que o seu projeto seja acreditado e implantar. Qual é o primeiro passo? Divulgação do projeto, treinamento dos gestores para que eles entendam o que é seleção por competências, quais são as ferramentas, em quais ferramentas eles participam, as etapas onde a participação deles é fundamental... Isso é importantíssimo. TV Emprego – Maria Odete, não são só recrutadores, selecionadores e profissionais de RH que nos escutam. Do ponto de vista do candidato, como ele deve se comportar quando se faz uma pergunta para ele? Maria Odete – Quando ele percebe que o recrutador tem a técnica de seleção por competências, o que tem a técnica vai fazer perguntas sobre experiências passadas. Então, traga esta experiência com transparência, com verdade e com riqueza de detalhes. Quanto mais detalhes ele traz, maior a facilidade do entrevistador em perceber a presença ou a ausência dos comportamentos que são pré-requisitos de sucesso para aquele cargo. Então, ele tem que se sentir à vontade, relaxar, respirar fundo e ser verdadeiro. E não inventar histórias na hora. Por quê? O entrevistador está preparado para observar o comportamento e a comunicação verbal e não verbal. TV Emprego – Nós temos várias recrutadoras e selecionadoras aqui na nossa platéia. Agora eu queria abrir para elas fazerem perguntas para você. Platéia 1 – Odete, geralmente quando vamos fazer a entrevista por competência nós pedimos para o candidato descrever uma situação que ele vivenciou. É correto isso? Maria Odete – Sim, a maioria das perguntas comportamentais começam com descreva, relate, me dê um exemplo, conte-me, fale-me sobre... Justamente para conduzir a trazer uma resposta que tenha contexto, ação e resultado. Uma resposta completa. O Paul Green, que é o autor da entrevista comportamental, diz que toda a resposta tem que ter um CAR completo: contexto, ação e resultado. Então esta é uma forma excelente. Platéia 2 – Maria Odete, eu gostaria de saber se é correto – eu já participei de alguns processos onde aconteceu isso – o entrevistador já relatar tudo o que ele quer do candidato. Então o candidato, muitas vezes se aproveita desta situação para falar exatamente o que o entrevistador quer ouvir. Isso é correto fazer? Maria Odete – Há grande quantidade de selecionadores sem técnica nenhuma! Que faz seleção intuitivamente. Então, como ele não sabe como fazer, ele arruma um jeito próprio! Ele cria uma metodologia própria. É claro, você tem que dar todas as informações a respeito da empresa, a respeito do cargo, a respeito da vaga. Isso é no início. A pessoa só vai dar continuidade a um processo se aquilo for compatível com o que ela deseja. Isso é corretíssimo. Mas ele não dá informações sobre o processo seletivo. Não! Ele vai observar, usar as ferramentas e observar o que ele precisa. Senão, é lógico que vai ter uma seleção com muitos gaps. Platéia 3 – Odete, num processo de seleção, quando identificamos que tem mais de um candidato com o perfil adequado para a vaga. Ele se saiu muito bem e tem outro que se saiu tão bem ou melhor ainda. Como o selecionador consegue definir qual o melhor candidato para a vaga? Maria Odete – Então, primeiro: você sabe qual é o perfil. Se você tem um perfil muito bem desenhado você não tem problema para identificar qual é o melhor. Segundo: você nunca manda um único candidato para o requisitante. Sempre manda no mínimo três, de três a cinco candidatos dentro do perfil. Porque a avaliação técnica é dele. E muitas vezes ele utiliza ainda alguém da equipe para ajudá-lo, dependendo do cargo, do nível, nesta avaliação técnica. Então é muito importante que você realmente envie de três a cinco candidatos dentro do perfil comportamental, com as especialidades técnicas que ele precisa, para que na entrevista técnica ele identifique qual o melhor tecnicamente preparado (porque o comportamental já está aprovado) e qual tem mais afinidade com ele e com a equipe dele. Assim todos serão felizes! |
Fonte: Maria Odete Rabaglio - Tv Gazeta |